Seis trechos de praias de Fortaleza estão impróprias para banho, aponta Semace

As praias consideradas impróprias na análise apresentaram proporção superior a 2.500 coliformes termotolerantes por 100 ml da amostra de água examinada.

Por Lídia Hellen e José Manoel

Foto: Praia da Barra do Ceará / Fotógrafo: João Vitor.

Foram registados seis trecho de praias de Fortaleza impróprias para banho, segundo boletim publicado na última sexta-feira (9), da Superintendência Estadual do Meio Ambiente (Semace).

Foto: Site da Semace

Sendo apontado por Gustavo Gurgel, gerente de Análise e Monitoramento da Semace, uma das razões pelo trecho estar impróprio é de que “alguns locais aqui na beira-mar em alguns locais mais perto do rio Ceará, você vê que são locais onde você tem muita incidência de drenagem com ligações clandestinas de esgotos domésticos ou outros. Então que que acontece essas ligações clandestinas dentro da rede de drenagem elas interfere diretamente na questão das praias, porque elas acabam chegando na área de praia”.

São considerados impróprios quando não são atendidos os critérios estabelecidos pelo órgão, ou quando existirem ocorrências que possam ocasionar risco à saúde do banhista, como base a resolução CONAMA 274 de 2000 que definiu os critérios de balneabilidade nas águas brasileiras.

“Dentro desse critério adotado, se você tiver acima de 1.000 números mais provável de coliformes termotolerantes em duas ou mais amostra no conjunto de cinco semanas ou cinco análises consecutivos, a praia é classificada como imprópria, e a praia também pode ser classificada como imprópria é através de qualquer uma dessas cinco análises com o número de coliformes termotolerantes for maior que 2.500 mil números por unidade provado”, aponta Gustavo.

Gustavo argumenta, ainda de que as praias impróprias proporcionam mais risco de possibilidade de contrair doenças, “o seguinte é que quando você tem uma praia considerada imprópria isso não quer dizer que você vai pegar uma determinada doença, mas isso quer dizer que você tem uma maior probabilidade de pegar uma determinada doença” completa.

A banhista Hellen Aparecida, 21, frequentou a orla no final de semana e expressou sua preocupação de ter a possibilidade em frequentar trechos impróprios para banhos em Fortaleza, “me preocupo, pois ninguém quer colocar sua saúde em risco e ficar num local inapropriado, pode causar doenças, até mais graves do que pensamos” destaca, Hellen.

Para ela os critérios para avaliar a qualidade da praia, “é se aquela trecho é limpo, se não tem odores, se a prefeitura cuida daquela área, se os estabelecimentos são organizados e se tem segurança, aqueles salva-vidas que ficam nas praias, além da segurança policial” pontuando, Hellen.

Entre os trechos que estão impróprios, sendo eles na zona centro, entre a Praia dos Botes e o Farol, a Volta da Jurema até foz do Riacho Maceió e o Espigão da Desembargador Moreira até a Volta da Jurema. Na zona oeste, o trecho localizado no espigão entre a avenida Dr. Theberge e a rua Boa Esperança, pela rua Seis Companheiros até a Rua Francisco Calaça e a Rua Lagoa do Abaeté até a rua Seis Companheiros. Na zona leste, que inclui toda a Praia do Futuro, nenhuma praia foi enquadrada como imprópria.