top of page

Readaptação das mulheres empreendedoras durante a pandemia

  • Foto do escritor: Expresso UFC
    Expresso UFC
  • 5 de nov. de 2020
  • 2 min de leitura

Os desafios presentes na rotina de mulheres que decidiram continuar empreendendo mesmo com a pandemia.


por Beatriz Reis e Mariana Matias.


Empreender por si só já é um grande desafio. Imagina começar um negócio com

dificuldade de obter um empréstimo, ou a descrença de que seu produto é realmente bom

apenas pelo fato de você ser uma mulher? Por incrível que pareça, essas questões são

mais comuns do que nós imaginamos. Infelizmente ainda vivemos em um mundo onde as

mulheres sofrem algum tipo de preconceito e no meio empresarial isso acontece com mais

frequência.


Durante a pandemia esse desafio só aumentou. Em uma pesquisa feita pelo Sebrae

em parceria com a Fundação Getúlio Vargas, eles chegaram a conclusão de que 52% das

Micro e Pequenas Empresas lideradas por mulheres paralisaram “de vez” ou

temporariamente as atividades, e 47% entre homens do mesmo segmento.

Em entrevista, a consultora do Sebrae-SP Maria Augusta Pimentel Miglino afirma

que as mulheres pagam taxas anuais de juros 3,5% maiores do que os homens. Mas por

que isso ocorre? Um deles é a postura de muitos gerentes de bancos diante de negócios

comandados por mulheres. “Para muitos, elas não são a figura que deveria estar à frente da

empresa ou não são capacitadas para conduzir determinadas iniciativas”, afirma.


Para entendermos um pouco mais sobre a readaptação das mulheres

empreendedoras durante a pandemia, entrevistamos a cearense e micro empresária Maria

Letycia de 19 anos, dona da marca Ecoforeva. A mesma abriu sua loja em fevereiro de

2020, um mês antes de começar a pandemia, em seu depoimento, ela fala “no começo

minhas entregas eram feitas pessoalmente, mas logo começou a pandemia e tive que me

reinventar, então logo quando foi liberado a abertura do comércio, após a quarentena, eu

aderi ao delivery. Porém fiz um grande trabalho nas redes sociais, como o Instagram, para

criar uma relação de proximidade com as minhas clientes, conhecido como marketing de

comunidade”. E para encerrar ela fala da importância da identificação, “como é uma loja e

empresa de mulheres, eu decidi abordar conteúdos necessários e importantes para elas,

assim eu ficaria presente no dia a dia delas, mesmo a distância, e isso fez as vendas

aumentarem umas 7 vezes.”


Maria e sua avó, Iris, em campanha de vendas durante a pandemia. Foto: reprodução Instagram.


Falamos também com a Ketlen Rossas, 21, Diretora de criação da TantoFaz. A

marca existe desde 2014 e parte do seu lucro é destinado a animais de rua. Ela afirmou que

“Com as lojas físicas fechadas, eu precisei me destacar no online, e foi o que aconteceu.

Comecei a produzir conteúdo utilitário para as pessoas, de como se proteger e evitar a

contaminação. Foi o momento bem decisivo para mim e para a tanto faz. Eu fiz com que as

pessoas gostassem de me assistir. Tornei a marca mais humana. Fortaleci o delivery, para

que as pessoas pudessem receber em casa. Fortaleci o peso do meu produto tanto na

causa social como na possibilidade da pessoa poder ficar em casa de camiseta ou

trabalhar de home office e não ser de pijama”.

Comentários


bottom of page