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Livrarias ampliam presença digital durante a pandemia

  • Foto do escritor: Expresso UFC
    Expresso UFC
  • 4 de nov. de 2020
  • 2 min de leitura

Investimento em mídias digitais e entregas a domicílio foram algumas das

estratégias usadas por proprietários para contornar a crise


Por Patrícia Morais e Taynara Lima

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JD Livros - Livraria | Sebo - Foto: Janderson Alves


A paralisação generalizada de diversos setores da economia provocada pela pandemia de Covid-19 agravou a crise financeira que atingiu o mercado de livros no Brasil. Em um cenário marcado pela falência e fechamento de espaços físicos, proprietários de livrarias recorreram às redes sociais para não verem seus estabelecimentos arruinarem.


Janderson Alves, 26, dono da livraria e sebo JD Livros, conta que, mesmo oferecendo serviços de entrega a domicílio, foram suas publicações na rede social Instagram que não só salvaram seu estabelecimento, como deram mais visibilidade ao local. “Surgiram novos clientes. Depois que o comércio abriu, recebi pessoas que conheceram o lugar através do Instagram”, relata o livreiro.

“O tempo livre por causa do isolamento social também foi outro fator positivo para o mercado editorial”, ressalta Janderson. Para ele, as pessoas precisavam de entretenimento, e, com isso, passaram a ler mais. Durante os meses de confinamento, a JD Livros vendeu diferentes gêneros de livros, de romances contemporâneos a obras de psicologia e história.


Livros digitais x Livros físicos


Com a revolução tecnológica, muito se questionou a respeito da vida útil dos livros impressos. Responsáveis pelo maior acesso à informação, os leitores digitais, como o Kindle, e os e-books estão cada vez mais presentes nos hábitos literários de grande parte das pessoas.


Mesmo tendo apresentado um crescimento de 115% em três anos, o livro digital não deve acabar com a vida útil do livro físico. É o que garante Wesley Fernandes, 34, gerente comercial da Livraria Arte e Ciência, no Bairro de Fátima: “Eu não vejo a ascensão do conteúdo digital com maus olhos. Algumas pessoas migram totalmente para o livro virtual, mas o público fiel ao livro de papel é muito presente em nossa livraria. Até porque os livros de títulos mais raros não são encontrados no formato PDF; o público que procura esse tipo de livro não é afeito à tecnologia e irá usá-la como último recurso. São benesses que as tecnologias nos apresentam, mas que não causam impacto na gente”.


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